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A Magia das Letras, dos Livros e das Leituras

Foto do escritor: Prof. Me. Everton ViesbaProf. Me. Everton Viesba

Atualizado: há 14 horas

Quando fui convidado para assumir esta coluna, logo  pensei — terei dificuldades em começar o texto de forma  autêntica, já que hoje a leitura, livros, jornais e as cartas estão voltando a popularidade. Poderia começar com “Querido e  gentil leitor”, mas a Lady Whistledown, personagem que aparece  no drama “Bridgerton” de Shonda Rhimes, baseada nos livros  de Julia Quinn (Ed. Arqueiro), já popularizou a saudação.Também  pensei em começar com algo parecido com “Oi, você”. Mas me  pareceu mais intimidante do que  intimista, e isso também já ganhou as redes com a série “You”,  da Warner, e que também tem como base os livros – neste caso  da autora norte-americana Caroline Kepnes. 


Então optei por trazer uma citação de um grande (e fictício)  professor: Albus Percival Wulfric  Brian Dumbledore, popularmente conhecido como Alvo Dumbledore, personagem da saga  Harry Potter de J. K. Rowling que ganhou as prateleiras do mundo e logo depois as telas da TV e dos computadores. Aliás,  começar com a tal frase (segura o suspense!) é interessante  porque a saga Harry Potter, seja em filme, seja em livro, é uma das raridades que conseguem  prender a atenção das diferentes gerações que hoje leem esta  coluna.


Como bem disse Alvo,

“Palavras  são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de  magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remediá-los.” 

Que interessante, né?! Uma citação de livro/filme, nos leva a refletir sobre o potencial das palavras, quer sejam escritas ou proferidas. Algo que carrega  uma profundidade quase filosófica, que transcende o universo  ficcional e nos convida a refletir sobre o poder transformador  da linguagem em nossas vidas cotidianas. As palavras, de fato, são muito mais do que meros sons ou símbolos escritos; elas carregam em si a capacidade de  criar mundos, despertar emoções e transformar realidades.  Quando abrimos um livro, um  jornal ou uma página de notícias na Internet, somos transportados para além da sonoridade  de cada letra. As palavras tecem  cenários, constroem personagens e nos permitem viver histórias que jamais experimentaríamos em nossa vida cotidiana.


Elas nos levam para o ambiente  da notícia, nos fazem sentir repulsa quando algum roubo é noticiado, tristeza quando há luto,  dor quando há tragédia.  Desde os tempos antigos, a humanidade compreendeu que as  palavras têm um poder singular.  As escrituras religiosas, os discursos políticos, as obras literárias e  as declarações de amor têm em comum a capacidade de inspirar, guiar e comover. A literatura, em  especial, desempenha um papel fundamental nesse cenário.  A cada livro que abrimos, somos  transportados para mundos novos, conhecemos perspectivas  diversas e crescemos como seres humanos. 


Não é por acaso que a saga “Harry Potter” conquistou milhões de  leitores ao redor do mundo. As  palavras cuidadosamente escolhidas por J.K. Rowling construíram uma narrativa universal, que  mistura magia, amizade, coragem e humanidade. Mais do que uma história sobre bruxos e feitiços, é um conto sobre como a linguagem — seja através de um feitiço ou de uma promessa — tem o poder de nos unir ou nos dividir.


É como se cada palavra fosse uma chave que nos conduz a lugares desconhecidos. Essa é a magia das letras: a capacidade de nos fazer sonhar, de nos fazer pensar, de nos fazer sentir... Em “A magia das letras, livros e  das leituras”, nossa coluna quinzenal, propomos explorar exatamente isso: o impacto profundo  das palavras em nossas vidas. Cada coluna será um convite para viajar por entre gêneros literários,  descobrir autores que transformaram nossa forma de pensar e entender como as letras, livros e leituras podem ser tanto um espelho  de nossa realidade quanto uma janela para novos horizontes. 


Esperamos demonstrar nesta coluna a capacidade curiosa que  as palavras tem em transcender  o tempo. Pense em como os escritos de Shakespeare, Machado  de Assis (amo!), Clarice Lispector  e tantos outros continuam ressoando em nossos corações. Cada  verso, cada frase cuidadosamente  composta, nos lembra de que a literatura é uma forma de magia capaz de atravessar séculos e continentes. 


Por outro lado, é fundamental reconhecer que as palavras também carregam um imenso poder  destrutivo. Um discurso de ódio  carrega um imenso poder destrutivo. Um post ou matéria tendenciosa, uma calúnia ou até mesmo  um silêncio repleto de desprezo podem causar feridas profundas.  Essa dualidade do uso da linguagem é algo que devemos sempre  ter em mente, seja como leitores ou como produtores de palavras. E então chegamos na ponta do nosso tríduo: a leitura. 


Paulo Freire, no clássico “A Pedagogia do Oprimido”, nos lembra  que “a leitura do mundo precede  a leitura da palavra”. Essa reflexão é essencial para entendermos  que, antes de aprender a ler os  textos escritos, aprendemos a decifrar os sinais do mundo à nossa  volta. Essa habilidade inicial é a  base para a construção do conhecimento e do pensamento crítico.  Percebe-se, então, que a leitura é uma das formas mais puras de  experiência humana, pois nos permite acessar os pensamentos e  sentimentos mais íntimos de outra pessoa. Quando nos debruçamos sobre um texto, independente da mídia ou formato em que esteja,  somos levados a enxergar o mundo sob outra perspectiva. Isso expande nosso conhecimento e nos  torna mais empáticos, uma qualidade tão necessária nos dias de  hoje.


Naturalmente, sendo professor, é impossível falar sobre o impacto  das palavras sem mencionar o poder da Educação. É por meio dela  que aprendemos a decifrar os códigos do mundo, a formular nossas próprias ideias e a compartilhar nossa visão com os outros.  O ato de ler e escrever é, em sua essência, um ato de liberdade.  Quando adquirimos o dom da linguagem, ganhamos a habilidade  de nos expressar, de questionar e de criar.  Em um mundo cada vez mais dominado por imagens e sons instantâneos, a leitura continua sendo uma forma de resistência. Ela  nos obriga a desacelerar, a refletir e a nos conectar profundamente com as ideias. Um livro nunca é apenas um conjunto de páginas encadernadas; é uma porta para  um universo paralelo onde a imaginação é o limite. “Harry Potter”,  como tantas outras obras, é uma prova de que os livros podem unir pessoas de diferentes idades, culturas e crenças. A paixão que compartilhamos por histórias bem contadas é uma das experiências  mais universais que existem. E, nesse sentido, as palavras são realmente mágicas, pois criam laços invisíveis entre aqueles que as escrevem e aqueles que as leem.


Em nossas próximas edições, vamos explorar temas como a  importância da representatividade na literatura, o impacto das  obras clássicas na formação de nossa identidade cultural e as novas tendências literárias que  estão emergindo no mundo digital. Cada tema será abordado  com a profundidade e o respeito que o universo literário merece. Textos populares também devem ser objeto de nossa atenção! Portanto, caso tenha escritos e livros, não hesite em me enviar.  Assim como Dumbledore enaltece o potencial curativo das palavras, é importante lembrar que  elas também podem ser ferramentas de esperança. Em tempos em que as ciências humanas  e sociais são cada vez mais desprezadas nos sistemas de ensino  e que a ignorância é alimentada  pelos algoritmos nas redes sociais, podemos perceber que um  poema, uma crônica ou até mesmo uma simples frase pode nos  dar força para continuar. É isso  que faz da literatura algo tão poderoso e essencial. 


Os leitores de hoje são os pensadores de amanhã. Cada história que lemos alimenta nossa  criatividade e nos prepara para enfrentar os desafios do mundo com mais coragem e sabedoria. Afinal, como disse Dumbledore,  as palavras são uma fonte inesgotável de magia — e cabe a nós  decidir como usá-las. Não se trata apenas de ler por  entretenimento, mas de reconhecer a leitura como um ato revolucionário.


Cada livro, cada jornal, revista e matéria, por onde  trilhamos com nossos olhos, é uma oportunidade de aprender, de desconstruir preconceitos e  de nos tornarmos pessoas melhores. É uma jornada que vale a  pena ser trilhada. Por isso, ao darmos início a esta coluna, nosso maior desejo é que você, querido leitor e querida leitora, encontre aqui uma fonte de inspiração para suas próprias jornadas literárias.


Queremos ser um ponto de encontro para aqueles que acreditam no poder transformador das palavras. Sejam bem-vindos à “A magia  das letras, livros e das leituras”. Que essa seja uma viagem  inesquecível por entre histórias, ideias e reflexões. E que, juntos, possamos redescobrir a magia que habita cada palavra de um  texto. Porque, no fim das contas, as palavras são tudo o que  temos — e, felizmente, são tudo o que precisamos.









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